Ensino superior a distância democratiza acesso para alunos do interior

Ensino superior a distância democratiza acesso para alunos do interior

O ensino a distância vem sendo uma alternativa para cidades do Interior do Estado sem faculdades públicas ou privadas. Antes, grande contigente de jovens se mudavam para a capital para morar em repúblicas. Mais recentemente, a melhor opção é mesmo encarar a estrada. No ensino a distância a praticidade e a economia gerada parece ter vendido o receio que muitos tinham em um passado recente, de que se tratava de ensino de baixa qualidade. "Muitos pensam que EAD é mais fácil em relação a uma gradução com aulas presenciais, mas é justamente o contrário. O aluno precisa mostrar mais interesse, mais dedicação para poder acompanhar o conteúdo", explica Fernanda Bittencourt, diretora da área de ensino a distância da Universidade Estácio de Sá - FIR. 


No ensino online, o estudante faz o próprio horário. As aulas podem ser gravadas ou transmitidas ao vivo. A maior parte das instituições mantém tutores para ajudar os alunos nas dúvidas e também para facilitar o vínculo com a universidade e evitar a alienação. Há também fóruns de discussão das disciplinas. "Esse ensino requer um comportamento mais autônomo do estudante. Digo que são necessárias 10 a 12 horas de estudo por semana para cursar de maneira satisfatória", explica. Na Estácio, Pernambuco possui a maior base de alunos de ensino a distância, atrás apenas do Ceará. "Verificamos um movimento cada vez maior de estudantes presenciais do interior, que assistiam aulas em nossa unidade do Recife, e que agora fazem EAD em seus municípios".


Hoje 70% dos estudantes de ensino a distância estudam e trabalham, segundo o último censo da Abed. Em sua maioria são mulheres, entram na faculdade mais tarde (aos 28 anos, contra 24 do presencial) e procuram cursos de pedagogia e administração.