A expressiva vitória do governador Eduardo Campos (PSB) diante do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), nas eleições de outubro passado em praticamente todos os municípios de Pernambuco, não foi diferente em Lagoa Grande, no sertão do São Francisco. Há quem garanta, neste caso, que não foram apenas as ações do Governo do Estado as únicas responsáveis por dar ao socialista uma vitória tão consagradora nas urnas de Lagoa Grande. A avaliação administrativa da prefeita Rose Garziera (PMDB) não é lá das melhores. Aliás, é péssima. Ao ponto de a oposição fazer praticamente um governo paralelo.
Com aliados de peso como o secretário Ranilson Ramos, os adversários de Rose conseguem emplacar ações relevantes para o município, a exemplo de duas máquinas retroescavadeiras para abrir cacimbas e barreiros no intuito de garantir armazenamento de água ao homem do campo quando as chuvas chegarem. Além disso, o estado disponibilizou 12 carros-pipas do IPA para abastecer as famílias atingidas pela estiagem.
Na sede, a promessa de Eduardo é de implantar um novo sistema de abastecimento d’água, no valor de R$ 1,2 milhão. O grupo de oposição também conseguiu com que a prefeitura retomasse outras obras com recursos estaduais que haviam sido paralisadas após a posse de Rose, em fevereiro de 2009 – como o estádio de futebol, o matadouro e o abastecimento d’água das comunidades do Riacho do Recreio e Açude Saco.