Alta aprovação eleva cotação de Campos no cenário nacional

05/09/2010 11:31


Em outubro de 1998, uma derrota de mais de um milhão de votos de diferença, parecia sepultar não apenas a carreira política do então Governador Miguel Arraes, mas o legado político do “arraesismo”, que desde a década de 60 ditava os rumos da esquerda pernambucana. No epicentro da derrota, estava o seu neto, o então deputado Eduardo Campos, que tinha sido Secretário da Fazenda do terceiro Governo Arraes.

A partir de então, Eduardo Campos viveu um difícil momento político, sendo responsabilizado por grande parte da esquerda pela derrota de Miguel Arraes para o seu rival, Jarbas Vasconcelos, que havia sido aliado até o ano de 1992. Coincidentemente, o rompimento entre os dois teria se dado em função da negativa de Jarbas em aceitar o jovem Eduardo Campos como seu vice na chapa de Prefeito.

A virada na carreira política de Eduardo Campos se deu quando assumiu o cargo de Ministro de Ciência e Tecnologia do Governo Lula, onde construiu forte relação com o presidente, e viabilizou sua candidatura ao Governo de Pernambuco em 2006.

Com a imagem requalificada pela boa passagem pelo Governo Federal, Eduardo Campos acabou sendo beneficiado pela onda de denúncias sofridas pelo petista Humberto Costa em 2006, chegando ao segundo turno e ganhando a eleição com grande vantagem para o então Governador Mendonça Filho, que era apoiado por Jarbas Vasconcelos.

Desde então Eduardo vem se dedicando a construir uma grande aliança em torno de seu projeto de governo. Beneficiado pela popularidade e pela quase unanimidade do presidente Lula em Pernambuco, o governador soube esvaziar a oposição e isolar o senador Jarbas Vasconcelos, que amarga um distante segundo lugar nas pesquisas, com apenas 19% das intenções de voto. Segundo a pesquisa Vox Populi/Band/IG, Eduardo Campos tem 70% de intenção de votos.