Os trabalhadores da obra da Ferrovia Transnordestina decidiram em assembleia, nesta segunda-feira (16), em Arcoverde, Sertão de Pernambuco, paralisar as atividades por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), a paralisação já atinge 70% dos canteiros de obra no estado, enquanto no Ceará e no Piauí as atividades estariam totalmente paradas.
As obras, segundo o sindicato, contam atualmente com 3.900 trabalhadores, sendo 2.500 apenas em Pernambuco. O motivo da greve seria o atraso do pagamento das bonificações por participações nos lucros (PPL) e por produtividade (PIP), que deveriam ter sido quitadas partir de janeiro deste ano, pela Odebrecht, empresa contratada pela Transnordestina Logística S/A para executar a obra.
De acordo com o jurídico do sindicato, houve uma negociação com a Odebrecht para a quitação dos débitos com os trabalhadores, porém os valores estariam longe do esperado, o que fez a assembleia optar por cruzar os braços. O sindicato também alega que a empresa estaria descontando dos funcionários os prejuízos que teria tido com a execução da obra.
A aliança formada pela Transnordestina Logística S.A e Odebrecht Infraestrutura informou, por meio de nota enviada ao G1, que está “mantendo diálogo com Sintepav-PE, PI e CE com a finalidade de apurar os valores referentes ao Plano de Produtividade dos integrantes da construção da Ferrovia Transnordestina. O plano refere-se ao período que corresponde de janeiro a junho deste ano. A Aliança deve realizar o referido pagamento até o final deste mês. A partir de agosto, o pagamento do referido programa passará a ser mensal”.
Do G1 PE